Cardeal Muller, sempre corajoso defendendo a verdadeira fé católica e enfrentando aqueles que querem entregar a Igreja à ideologia do capitalismo ateu e anti-humano de Davos, escreve uma nota em apoio aos cardeais que enviaram por segunda vez dúbias ao Papa, pois da primeira vez as respostas foram confusas e evasivas.
É motivo de esperança saber que há vários cardeais fieis à verdadeira doutrina católica e não alinhados como capachos do Papa Francisco, como acontece com muitos outros. Pena que esse entendimento só aconteça entre cardeais, bispos, alguns padres instruídos na verdadeira doutrina, enquanto que a maioria dos leigos, sem uma cultura católica sólida, nem sequer sabem o que esta acontecendo no Vaticano.
Por isso, neste mês em que se inicia o Sínodo, muitos bispos e padres da teologia da libertação, que são inimigos da verdadeira fé e portanto aliados ao Sínodo, estarão tentando enganar os fieis incautos com narrativas de que o Sínodo é algo necessário e correto. Ora, os ensinamentos de Jesus, não necessitam de nenhuma modificação, acréscimo ou adaptação aos tempos. As pessoas é que tem que se adaptar à fé católica se desejam ser fieis ao Senhor.
Os padres da Igreja dos primeiros tempos, todos os papas de outros séculos e todos os santos nunca levantaram nenhuma dúvida sobre a doutrina deixada pelo Senhor Jesus e divulgada por seus apóstolos. Em nosso tempo, bispos, cardeais e até papas, lobos em pele de cordeiro, ousam questionar os ensinamentos do Senhor, querendo fazer grandes modificações para agradar aos grandes desse mundo.
Eis a nota do Cardeal Muller aos colegas que tiveram a coragem de questionar o Papa:
"Tenho defendido a doutrina católica contra o pseudo-modernismo especialmente nos últimos 10 anos, cumprindo assim perante Deus em minha consciência minha responsabilidade como bispo e cardeal em prol da doutrina ortodoxa. Mas alegro-me quando os outros, à sua maneira, fazem o que é necessário e recordam ao Papa a responsabilidade que Deus lhe deu de preservar a Igreja na "doutrina dos Apóstolos" (Act 2, 42).
Atualmente, há uma posição herética, mas favorável à carreira, segundo a qual Deus se revela apenas ao Papa Francisco através da informação direta do Espírito Santo, e que os bispos só precisam repetir cegamente essas iluminações celestiais e transmiti-las mecanicamente como marionetes falantes. Um bispo, porém, em virtude da sua consagração, é o sucessor dos Apóstolos e autêntico mestre do Evangelho de Cristo, mas no colégio de todos os bispos, tendo o Papa como princípio visível sempre presente da unidade da Igreja na verdade revelada e na sua comunhão sacramental. Esta é a verdadeira doutrina do primado do Papa e não o neopapalismo daqueles que querem entregar a Igreja de Cristo à ideologia do capitalismo ateu e anti-humano de Davos.
O seu pretexto fraudulento é a adaptação da suposta obsoleta Palavra de Deus, como se em Cristo não nos tivesse sido dada toda a verdade, às normas de uma antropologia pseudocientífica anticonjugal e de uma civilização da morte (aborto, tráfico de embriões, eutanásia, mutilação corporal pela chamada mudança de sexo). Todo católico crê na verdade divina e católica de que em Pedro estão instalados os bispos de Roma como seus legítimos sucessores. Mas, como discípulo teologicamente iluminado de Cristo, ele se opõe à caricatura do papado tanto nas polêmicas antiromanas dos reformadores da época quanto em entendê-lo como se fosse um papagaio do neopapalismo ou do papagaio anticatólico. Assim, expõem a fé católica ao ridículo em um público secular que não acredita no fato da histórica Revelação de Deus em Cristo e que usa o Papa – quer percebam ou ingenuamente sigam o fluxo, não importa – como autoridade para conquistar as massas católicas, aos seus olhos, atrasadas e não esclarecidas para a Nova Ordem Mundial 2030." (Redação: "Vida e Fé Católica")