Deus destronado pela “Mãe Terra”?!

04/03/2023

Embora este artigo seja aberto a quem estiver disposto a degluti-lo, convido especialmente os católicos a me acompanharem nestas considerações.

Por Marcos Luiz Garcia

Desde a década de 1950, mais especialmente a partir do Concílio Vaticano II, vem se verificando na opinião pública católica um afastamento insensível, paulatino e ininterrupto em relação a Deus, em nome da ideia cínica de que Ele não castiga, de que não há inferno e nem mesmo purgatório.

Por causa disso, os problemas, sobretudo os morais, vêm progredindo, com o sinal verde ou a complacente passividade de inúmeras autoridades religiosas, principais responsáveis pela observância dos Mandamentos da Lei de Deus na sociedade.

Vamos a exemplos concretos. Todos sabem que motéis são locais destinados à prática de pecados contra o sexto e o nono Mandamentos. Quem passa pela rua, sabe o que está ocorrendo lá dentro. Mas hoje essa triste realidade é inteiramente tida como normal. Chegou-se a isso porque muitos dizem "Deus perdoa tudo e a todos e não castiga ninguém"…

Os trajes imoralíssimos de hoje, mais próximos do nudismo do que nunca, são utilizados até dentro das igrejas, nas missas e — oh dor! — na comunhão. Sacrilégios se sucedem às catadupas. Claro, isso porque "Deus perdoa tudo e a todos e não castiga ninguém"…

As praias se tornaram locais de nudismo efetivo. Quem ousaria chamar de traje o que se usa nelas? Homens e mulheres pecam olhando-se impudicamente sem restrições, porque "Deus perdoa tudo e a todos e não castiga ninguém"…

As famílias inteiramente afinadas com a verdadeira Doutrina Católica estão reduzidas a um número mínimo. E, num leque de pecados gravíssimos, chega-se até a realizar casamentos entre seres humanos e animais! Nada demais? Claro que não, dizem, pois "Deus perdoa tudo e a todos e não castiga ninguém"…

O consumo de drogas está de tal maneira dominante, que já se cogita em liberá-lo. Claro, uma vez que "Deus perdoa tudo e a todos e não castiga ninguém"…

O aborto é um assassinato cometido aos milhões, mas Deus não dá importância. Claro, "Ele perdoa tudo e a todos e não castiga ninguém"…

O leitor ou a leitora já deve estar com náusea desse triste elenco, o qual, aliás, poderia continuar com outros temas, como a monstrificação das pessoas, a extinção da civilização, a implantação do horrendo, o satanismo etc.

Embora esse fenômeno respingue em toda a humanidade, os católicos foram mais especialmente influenciados pela falsa máxima de que Deus não castiga ninguém, de que seu Poder é fictício, de não se deve temê-Lo. Isso leva as pessoas a pecarem cada vez mais abertamente, ofendendo-O sem o menor sentimento de dor.

Aqui vem a razão mais profunda deste artigo.

Aqueles que mais incutem a falsa ideia de que não se deve temer a Deus e fecham os olhos para a imensidão de pecados que se cometem, procuram de outro lado incutir um temor terrível — este sim, infundado, porque destituído de base científica consistente — de que a natureza vai punir a humanidade se esta não cumprir as normas ditadas pelos movimentos ecologistas, especialmente pelo Sínodo da Amazônia.

Isso explica porque Fátima não é pregada suficientemente nas igrejas, nem se fale da ameaça enunciada por Nossa Senhora de que Deus punirá com um castigo terrível as infidelidades a Ele. Afinal, como Deus pode estar indignado se, segundo o Papa Francisco disse na Cova da Iria, "Deus perdoa tudo e a todos"?

Fica claro que tal postura em face de Fátima neutraliza inteiramente o efeito salvador da Mensagem da Santa Mãe Deus em 1917 e explica porque a humanidade ainda não se converteu.

E o temor maior fica transferido para a natureza. Esta, sim, castiga! E para evitar que isso aconteça, é necessário realizarmos o novo comunismo indígena, propalado pelo Sínodo da Amazônia e pela nova igreja que ele vai lançar.

O temor do Deus Eterno, que fará um juízo também eterno, é substituído pelo temor da natureza e dos ancestrais indígenas.

Aqueles mesmos que minimizam o temor de Deus, que é real, exageram, inculcam o temor fictício da natureza.

O mais triste é que tudo isso recebe um impulso muito forte do clero progressista, que se faz passar como sendo a autêntica Igreja de Deus.

Caminhamos assim para uma nova religião, na qual, pelas próprias mãos de seus pastores, se destrona a Deus e O substitui pela "Mãe Terra" ou Pachamama. Miserere nobis, Domina! (Fonte Agência Boa Imprensa

https://www.abim.inf.br) 

Em 1964, o padre Bouyer escreveu: "O Cânon Romano remonta, como é hoje, a São Gregório Magno († 604). Não há oração eucarística, tanto no Oriente quanto no Ocidente, que, permanecendo em uso até hoje, possa se orgulhar de tal antiguidade! Aos olhos, não só dos ortodoxos, mas também dos anglicanos e até dos protestantes que ainda têm, em...