Martin Grichting, sacerdote suíço e ex-vigário geral da diocese de Chur, é especialista em direito canônico e publicou um artigo na mídia alemã Kath.net denunciando a nomeação da irmã Simona Brambilla como a primeira mulher a chefiar um dicastério romano.
Jubileu 2025 não é para todas as religiões como diz Vaticano
A ideia do Jubileu nasce no Antigo Testamento. Deus ordenou que a cada 50 anos houvesse um Jubileu onde tudo fosse perdoado ou reposto (cf Lv 25,10-17). Quem era escravo ou prisioneiro ganhava a liberdade. Quem devia, tinha a dívida perdoada, etc. Depois com o cristianismo, nos séculos XIII e XIV, o Jubileu passou a forma atual sendo a cada 25 anos do nascimento de Jesus. Portanto se cumpre agora 2025 anos.
O Jubileu é uma ocasião de perdão, portanto de alegria, de renovação, de renascimento. Mas para isto requer algumas condições, pois é baseado nas indulgências.
O que é indulgência
Um católico praticante durante toda sua vida comete pecados. Estes pecados podem ser perdoados através da confissão. A confissão requer arrependimento sincero e o propósito de não voltar a pecar naquilo que foi confessado e também em outros pecados. Estando assim com a consciência limpa diante de Deus, a pessoa morrendo neste estado, vai para o céu. Entretanto, Deus é infinitamente glorioso e uma alma que passou por pecados, mesmo confessados, não poderia ter acesso direto ao céu e portanto, mesmo tendo a garantia do céu, ainda é necessário pagar suas penas pelos pecados já perdoados, uma espécie de limpeza completa. Isto ocorre no purgatório onde ficam até pagar todas suas penas pelos pecados. Tendo depois disto o acesso ao céu.
Entendido isto, agora podemos entender o que é a indulgência plenária. É o perdão dessas penas geradas pelos pecados já confessados. É portanto, uma limpeza já aqui na terra, dispensando a alma de passar pelo purgatório. Isto é motivo de grande esperança para as almas que almejam o céu. Assim, o Jubileu, é ocasião de perdão dessas dívidas. Ou seja, é um ato que tem exclusivamente relação com as indulgências. Não há nenhum outro sentido no Jubileu a não ser este do perdão dos pecados que deveriam ser pagos no purgatório.
Cabe dizer que as almas que não se arrependem, não se confessam nem mudam de vida, não passam por este processo, pois vão direto para o inferno. Fica claro portanto, que Jubileu é para quem quer ir ao céu e está disposto mudar de vida para então passar pela porta Santa das igrejas onde o Jubileu é autorizado.
Nota-se portanto, que pode sim, ser uma ocasião para todos. Mas não basta passar pela porta Santa, e sim seguir todo o ritual onde é imprescindível a confissão e a comunhão entre outras coisas. E para isto, tem que ser católico, e acreditar na tradição da Igreja que vem através dos séculos, inspirada pelo Espirito Santo, lançando estas bases do Jubileu.
Entendido isto podemos passar para o segundo ponto. O Vaticano, desesperado por dinheiro, pois está afundando financeiramente, e ainda para encobrir tantos erros que vem cometendo nos últimos anos, causando uma verdadeira devassa na fé e na moral, vem agora tentar aproveitar-se da ocasião do Jubileu.
Mas já começa fazendo tudo errado: convida todos ao Jubileu, como se fosse uma grande festa e não um ato estritamente religioso. Convida, cristãos de todas as denominações (aqueles que nem sequer acreditam em purgatório como os evangélicos) de outras religiões não cristãs (aquelas que não acreditam em Cristo) e pessoas em busca de liberdade, justiça e paz. Ora, o que tem a busca de liberdade, justiça e paz a ver com purgatório, indulgência, céu, inferno, confissão, arrependimento?
Para quem não acredita que é isto mesmo que estão querendo fazer do Jubileu, aqui está o texto extraído do Vatican News, o órgão oficial do Vaticano:
"A esperança do mundo está na fraternidade!
Fraternidade, aliás, comentou o Pontífice, é uma das "vias" de peregrinação deste Jubileu. "Sim, a esperança do mundo está na fraternidade!" E é belo pensar que Roma se preparou para esta finalidade, de acolher homens e mulheres de todo o mundo, católicos e cristãos de outras confissões, fiéis de todas as religiões e pessoas em busca de verdade, liberdade, justiça e paz. Enfim, todos peregrinos de esperança e fraternidade."
Eis o link para quem achar que isto é brincadeira: https://www.vaticannews.va/pt/papa/news/2024-12/papa-francisco-vesperas-te-deum-2024-jubileu.html
Podemos observar neste texto que o Jubileu para eles não tem nada a ver com indulgências e sim algo agradável ao homem já neste mundo. Algo como uma festa. Alguém vai à Roma, passa numa das portas Santas e já está tudo resolvido. Estão enganando as pessoas quando dizem "fieis de todas as religiões". Como foi exposto, e eles sabem disso, não é só passar pela porta. É um evento católico e só católico pode usufruir dessas benção de Deus como já ocorreu em vários outros séculos de tradição da Igreja. Ora, esse povo vai todo para Roma enganado. Vai apenas como turista deixar seu dinheiro nos cofres falidos do Vaticano, pois se não seguir o que manda a Igreja de nada vale.
Aqui colocamos um texto do Santuário São Judas Tadeu, um dos locais da Porta Santa, onde fica bem explicado o que é necessário para a participação ativa e verdadeira no Jubileu:
• Fazer a confissão sacramental individual e integral com o sacerdote;
• Receber a sagrada comunhão eucarística na missa (não basta a comunhão espiritual);
• Fazer a profissão de fé nas verdades da Igreja Católica (rezar o Creio);
• Rezar nas intenções do Papa e da Igreja (Pai-nosso, Ave Maria, Glória ao Pai);
• Entrar na igreja, local de peregrinação designado pelo Arcebispo. Os impedidos de entrar em uma igreja de peregrinação poderão acompanhar uma celebração que esteja sendo transmitida ao vivo pelos diversos meios de comunicação;
• Cumprir as condições acima com a intenção de ganhar a indulgência.
Ora, será que toda essa turma convidada, evangélicos, muçulmanos, judeus, budistas, etc. vão seguir todos esses requisitos? Então, para que foram convidados? Jubileu é uma coisa séria, criada por Deus. Não é uma brincadeirinha para todos e de qualquer maneira. Tem tudo a ver com a salvação da alma através da confissão, arrependimento, mudança de vida, e remissão dos pecados. Algo que anda longe de quem não quer primeiro se converter ao catolicismo para depois participar do Jubileu.
Algo ainda mais triste é que o Vaticano autorizou a organização LGBT da Itália a passagem na porta Santa agendado para o segundo semestre. Um verdadeiro escândalo. Sabe-se muito bem que essa turma não vai se converter e sim levar a ideia de que esse pecado é permitido já que a Igreja os convida não ao arrependimento e sim a passagem pela porta Santa.
Todos aqueles que foram à Roma, ou a qualquer santuário onde haja a porta Santa, sem o propósito da conversão, está perdendo seu tempo e dinheiro. Com as coisas santas não se brinca. E ai daqueles que promovam um Jubileu como se fosse uma grande festa sem arrependimento e mudança de vida. (Redação: "Vida e Fé Católica")
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