O Comitê Central dos Católicos
Alemães (ZdK) anunciou que não aceitará a capacidade dos bispos alemães de
vetar resoluções no próximo "Comitê Sinodal" com mais de um terço da
oposição.
Por Carlos
Esteban
O desejo de remover o
veto episcopal foi anunciado pela presidente do ZdK, Irme Stetter-Karp, durante
a assembléia plenária do grupo leigo em Munique, informou Katolisch.de, o site
oficial da Igreja Católica na Alemanha.
Remover o poder de
veto dos bispos seria uma mudança significativa nos procedimentos de governo
das assembléias do Caminho Sinodal que ocorreram nos últimos três anos,
resultando na aprovação de várias resoluções controversas que se desviam dos
ensinamentos estabelecidos da Igreja.
Uma dessas medidas
controversas foi a criação do Comitê Sinodal, órgão de transição encarregado de
lançar as bases de um conselho sinodal permanente, responsável por governar a
Igreja Católica na Alemanha, composto igualmente por bispos e leigos e capaz de
anular as decisões de um Ordinário. em sua própria diocese. O Vaticano proibiu
explicitamente o estabelecimento de um concílio sinodal por ser
fundamentalmente incompatível com a eclesiologia católica.
O Comitê Sinodal,
cujos membros são 27 ordinários episcopais da Alemanha, 27 delegados leigos do
ZdK e 20 delegados "at-large" eleitos na assembleia de março de 2023,
iniciará seus trabalhos em novembro.
Stetter-Karp disse que
a posição do ZdK de que a afirmação das decisões não está mais vinculada à
aprovação de dois terços dos bispos alemães é produto de uma "dolorosa
experiência de aprendizado" das assembléias do Caminho Sinodal. O
presidente do ZdK provavelmente se referia à derrota de um "texto básico" sobre
a sexualidade humana na assembleia de setembro de 2022, depois que 21 dos 57
bispos votantes se opuseram a ele. (Fonte INFOVATICANA)