Más companhias podem nos levar ao pecado

Vivemos quase todo nosso tempo de vida sob influência de pessoas. Dificilmente conseguimos viver longe delas. Exceto em caso de que se viva realmente só e sem nenhum amigo, ou um religioso conventual de ordens estritas.

Isto significa que pessoas causam grande influência uma nas outras. para o bem ou para o mal. Uma pessoa católica, praticante, que segue fielmente a lei de Deus e deseja viver sempre em estado de graça, o que é o ideal, tem que refletir muito sobre suas companhias.

É claro que quem vive a maior parte do tempo em estado de graça, é porque alcançou de Deus muita ajuda, pois sem Ele nada somos ou conseguimos e certamente, já passou por um longo processo. Assim, essa pessoa será ajudada e alertada o tempo inteiro.

Mas mesmo assim, há as pessoas que ainda estão num estado de crescimento espiritual, ou mesmo pessoas já bem avançadas, que sempre estão sujeitas ao engano vindo de uma companhia, as vezes inesperada. Umas aparecem por simples casualidade e outras por pura tentação.

Por isso é que todos nós devemos estar atentos às companhias. Devemos pensar logo de início, que tudo de bem ou de mal que aprendemos na vida, vem sempre de uma pessoa, muitas vezes de onde menos esperamos. Muitas pessoas viram suas vidas destruídas através de uma companhia, um amigo que leva às drogas, outro que leva alguém a fazer tatuagem, outro ainda que desvia para falsas religiões e seitas e há até mesmo amizades que se transformam em casamentos fracassados. 

Os santos através de seus livros, podem ser nossos maiores amigos. Deles só aprendemos boas coisas no aprofundamento de nossa fé. Também eles tiveram amigos. Claro que bons amigos. Há casos também em que os santos tiveram que desfazer-se de amizades. Santo Agostinho teve que deixar muita gente de lado incluindo até sua concubina. Santa Teresa de Ávila, passou muitos anos presa a um amigo que só atrapalhava sua verdadeira conversão. Mesmo ela sendo freira, esse amigo que tanto a perturbou frequentava o locutório do convento onde podia conversar com ela.

Muitas vezes, para nossa verdadeira conversão é necessário fazer alguns sacrifícios e um deles é deixar as más amizades. Estas, em geral, são responsáveis por nossas caídas no crescimento espiritual.

Vejamos alguns trechos das escrituras

1.Não se associe com os infiéis. Pois que relação há entre justiça e iniqüidade? Qual é a conexão entre a luz e as trevas? Que harmonia entre Cristo e Belial? Que participação entre fiéis e infiéis? Que conformidade entre o santuário de Deus e o dos ídolos? Pois nós somos o santuário do Deus vivo (2 Co 6:14-16).
2. Ande com os sábios e você será sábio; aquele que frequenta os tolos será um tolo (Pv 13:20).
3. As más companhias corrompem os bons costumes (1 Coríntios 15:33).
4. Não ande com os de língua solta (Pv 20:19).
5. Aquele que toca o peixe, gruda em sua mão. Aquele que vive com os soberbos torna-se semelhante a ele (Ec 13:1).
6. Dos seus inimigos, afaste-se (Ec 6:13).
7. que a amizade com o mundo é inimizade com Deus? Qualquer um que deseje ser um amigo do mundo se torna um inimigo de Deus (Tg 4:4).
8. Separe-se dos injustos, e ele se afastará de você (Ec 7:2).

Concluímos que nossos relacionamentos tem grande importância em nosso crescimento espiritual e portanto devemos ter o máximo cuidado com nossas escolhas, principalmente nestes tempos tão difíceis e tão bombardeados pelas mídias sociais. (Redação "Vida e Fé Católica")