O "arco-íris" (para o eclesiástico)
Claro, não estou me referindo ao fenômeno meteorológico que leva esse nome.
Por José Luis Aberastur (sacerdote)
Aponto diretamente para "o mundinho do mariconeo" -Francisco dicit- ou assimilado -"mariposeo", Guerra dicit-, homossexual ou "da calçada oposta". Também é chamado de "gay" ou "arco-íris". Estes últimos, por causa da bandeira que adotaram com "orgulho". Com autêntico orgulho e arrogância, não sem vaidade: vanitas vanitatis et omnia vanitas!
Há mais nomes a pronunciar sobre o assunto, mas: para quê...!! Com o que foi trazido aqui, há muito.
Homens com homens e mulheres com mulheres, vem de toda a vida de Deus. Não porque Ele faz alguém dessa condição: "O homossexual é feito: não nasce".
Assim como ninguém nasce músico, pintor, jogador de futebol ou médico... Só se nasce "homem" ou "mulher", cada um com seus atributos naturais: não apenas físicos, mas claro: temos um corpo; e eles são a demonstração prática e evidente do que eu digo. Atributos sexuais – daí as palavras "homem" e "mulher" – embora não apenas desse tipo; e que eles estão lá pelo que são.
E para que servem? Evidente por todas as evidências: para procriação. Somos sexuados para PROCRIAR, na união de duas pessoas: masculino e feminino. E não pode ser de outra forma.
Mesmo na fertilização in vitro, você precisa de ambos. Sem falar nos "úteros de aluguel", ou seja: pagando.
Continuamos com as evidências: o uso sexual, por si só, produz prazer: sexual, obviamente. E, por si só, "ninguém fica amargo com um doce". Além do mais, pode-se perfeitamente estar viciado por isso.
Tudo isso é evidência conhecida por todos.
Mas, sendo sérios e respeitando o ser, a verdade e o bem das coisas: o principal é o fim da sexualidade, a procriação; o secundário, o prazer sexual, como acidente e signo que culmina o próprio ato de procriação.
Tanto para o fisiológico. Tudo óbvio.
Apontamos, algumas linhas acima, que não somos apenas corpo, com seus atributos corporais como é lógico.
Nós também somos/temos uma alma; também com seus atributos naturais, não mais de ordem corporal, mas de ordem intelectual e volitiva. Isso é o que chamamos de Racionalidade. Que tem sua expressão mais especificamente na Moral: a capacidade real de se pronunciar sobre o certo e o errado intrínsecos a todas as nossas ações ou omissões.
É por isso que, acima do prazer sexual, podemos considerá-lo como algo secundário, na ordem do uso do sexo, dando primazia à Procriação, como fim e fruto da sexualidade humana.
Além disso, podemos reconhecer, como Deus nos revela através da comunicação direta, que a sexualidade está em ordem, dentro e para o Matrimônio.
Somente aqui o uso sexual é moralmente legítimo; isto é: é algo bom e querido por Deus. Até mesmo um caminho de Santidade para os casados: uma autêntica Vocação Divina.
Por conseguinte, é gravemente pecaminoso procurar a prática do sexo fora deste horizonte matrimonial e vocacional. Não importa a maneira e/ou as maneiras: sempre será ilegítimo e irá contra a Lei de Deus.
E, dentro do Casamento, entre marido e mulher, se os propósitos intrínsecos do casamento não forem respeitados – "Sede fecundos e multiplicai-vos" – esses atos NUNCA serão lícitos diante de Deus. Seria como ir para a casa da esquina, embora sem pagar pedágio.
É assim que os casados se prostituem: buscando o prazer a qualquer custo, à margem e contra a lógica da sexualidade e sua vocação específica como pessoas casadas.
Por outro lado, os solteiros – ou separados, ou divorciados, ou padres, ou religiosos – se prostituem em busca de prazer sexual sem maiores considerações. Sem mais considerações também, porque não há nenhuma.
Para conhecer e apreciar em toda a sua profundidade e riqueza o horizonte da sexualidade humana – nada a ver com a sexualidade animal: mero instinto – a primeira coisa que Deus Pai nos revelou é o Dom e a Missão do Matrimônio.
Em Gênesis, depois de deixar bem claro que é Ele quem cria Adão e Eva – à Sua imagem Ele os criou; homem e mulher Ele os criou; ele faz as devidas apresentações - eles não se conheceram por acaso, sendo cogumelo; e "casaram-se": Sede fecundos e multiplicai-vos, e enchei a terra. Isso é se casar. Assumir isso, com todas as suas consequências, é se casar. E se você não quer assumir isso: melhor não se casar, porque pode ser nulo.
Ao mesmo tempo, estabelece esta norma, quase universal: Portanto, o homem deixará seu pai e sua mãe e se unirá à sua mulher, e os dois serão uma só carne.
Jesus Cristo confirma esta Norma, e acrescenta o seguinte esclarecimento, nada banal: O que Deus uniu, não separe o homem. Elementar. E necessário, dado o que vimos.
Uma vez que tudo estava perfeitamente estabelecido, para nos conduzir na ordem da sexualidade humana, Ele nos deixou três Palavras, três Leis ou três Mandamentos para nos conduzir com segurança e força:
* Você não deve cometer atos impuros, por atos de ação.
Você não deve consentir em pensamentos impuros ou desejos por atos meramente internos.
* Não cobiçarás a mulher do teu próximo. Eu não acho que precise da menor conotação.
Nestes três pronunciamentos, que não admitem excepção, está incluída e valorizada toda a casuística do mundo e do mundo da sexualidade.
Tendo isso absolutamente e cristalino, a Igreja Católica, uma pessoa que declara "tendências homossexuais", não só não o admitiu ao sacerdócio; mas proibiu-o de entrar em um seminário ou em qualquer uma das ordens monásticas e / ou instituições religiosas. Óbvio de toda obviedade, mais uma vez.
E, para dizer tudo: também considerou como motivo de nulidade do casamento o fato de um dos cônjuges ter ocultado sua condição homossexual para se casar.
Daí a perplexidade, para dizer o mínimo e a caridade, com a Itália e a admissão no Seminário para homossexuais.
Vai contra toda a lógica e contra a disciplina da Igreja desde sempre. Na verdade, vozes já se levantaram alegando que essa deriva é totalmente falsa.
O problema é que, como as coisas estão no Vaticano, ele se infiltrou sem o menor julgamento crítico: era dado como certo que era assim.
São Paulo já tocou no tema da homossexualidade, em homens e mulheres. Mas ele apontou a verdadeira causa: "eles rejeitaram a Deus", e Ele os puniu em seus sentimentos réprobos, a ponto de mudarem o uso normal, e os homens se unirem aos homens e as mulheres às mulheres. Ou seja: "eles são feitos, eles NÃO nascem".
Ele terminou o trabalho esclarecendo que NÃO entrarão no Reino dos Céus. Também óbvio.
A propósito, e apontando: raiva de ordago -farisaico total, como não poderia ser de outra forma-, do prefeito de Torrecaballeros, província de Segóvia, militante do famoso e sem mácula PSOE, a quem o pároco -um verdadeiro herói-, negou o acesso à Sagrada Comunhão.
Razão? Seu emparelhamento, público e notório, com um tio. Um clássico.
Em outras palavras: gay abertamente e ativo. Foi divulgado pelo referido prefeito: não pelo pároco. Eu não.
Um "arco-íris" de um livro, que se acredita estar no comando da Igreja Católica também. E o PSOE.
Naturalmente, ele acusa o pároco de ser "homofóbico". Não acho que a acusação tenha uma corrida, nem mesmo em um tribunal: nem civil nem eclesial.
E o Bispado tem sido ótimo defendendo o padre. Muito bom para ambos: bispo e pároco. Mais dois heróis para o crédito da Igreja Católica. (Fonte: INFOCATOLICA)