O Papa continua a encher o Colégio Cardinalício de progressistas e heterodoxos

07/10/2024

Era um boato que se ouvia desde agosto e foi só neste domingo, 6 de outubro – em pleno Sínodo sobre a Sinodalidade – que o Papa Francisco anunciou a data e a lista dos futuros novos cardeais.

Por Javier Arias 

O papa foi mais uma vez às periferias que lhe são tão queridas para procurar os novos cardeais, que se encarregarão de escolher seu sucessor.

Mas, além dessas nomeações periféricas "com cheiro de ovelha", o Pontífice escolheu mais uma vez bispos e religiosos de moral duvidosa. Uma escolha que mais uma vez desconcerta e aumenta a preocupação entre os fiéis sobre a direção em que o Papa está levando a Igreja com suas nomeações.

O arcebispo de Lima, de ser suspenso como professor de teologia a cardeal

Aos 74 anos, o papa decidiu criar o arcebispo progressista de Lima, Carlos Gustavo Castillo, que sucedeu o cardeal Cipriani, como cardeal. Castillo, nomeado arcebispo de Lima em 2019 pelo Papa Francisco, é conhecido por seus laços e proximidade com a teologia da libertação que causou tantos danos no Peru. Castillo é conhecido por ser discípulo do padre Gustavo Gutiérrez, pai da teologia da libertação. "Foi condenado pelos conservadores, oficialmente não pela Igreja", disse ele em uma entrevista de 2019 sobre essa perniciosa teologia marxista.

Carlos Gustavo Castillo foi suspenso do cargo de professor de Teologia por Cipriani que, após sua suspensão por sua doutrina heterodoxa, declarou-se em rebelião, recusando-se a assumir seus deveres pastorais. Além disso, Castillo Mattasoglio estava ligado ao Partido Comunista Revolucionário anos atrás.

Durante esses anos, Castillo se dedicou a desmontar tudo o que o cardeal Cipriani fez em Lima (que agora vive na Espanha). Por exemplo, em 2022 ordenou a retirada da catedral de Lima uma pintura de São Josemaria Escrivá, fundador do Opus Dei. Agora, o Papa recompensa Castillo com o barrete vermelho

O polêmico arcebispo de Argel

Outra das nomeações que causa espanto é a do arcebispo de Argel, o francês Jean-Paul Vesco. Em fevereiro de 2022, algumas de suas declarações nas quais ele disse que "temos que nos livrar da ideia de que temos que evangelizar" causaram um grande escândalo.

Mais recentemente, em abril deste ano, o futuro novo cardeal mostrou sua pata ao se mostrar a favor da ordenação de diaconisas. Em tom sibilino, o Arcebispo de Argel disse em uma entrevista: "Parece-me impossível privar os fiéis e, portanto, a mim mesmo, da recepção feminina da Palavra de Deus. Nenhum dos argumentos apresentados jamais me convenceu", diz o arcebispo de Argel. Nesse sentido, ele confessa abertamente que lhe é difícil "entender as objeções que podem ser levantadas".

Também será criado cardeal o arcebispo de Turim, Roberto Repole, que ganhou fama como editor da polêmica coleção de "Teologia de Francisco", que terminou com a embaraçosa renúncia de Edoardo Viganò como chefe de comunicação do Vaticano.

Timothy Radcliffe, pregador sinodal pró-LGBT

Outra nomeação escandalosa é a do pregador dominicano e sinodal Timothy Peter Joseph Radcliffe, de quem falamos em várias ocasiões. A parte positiva é que em agosto ele perderá seus direitos de participar de um futuro conclave.

Este religioso inglês foi escolhido para pregar os retiros pré-sinodais no ano passado e este ano. Este sacerdote dominicano de origem inglesa, liderou sua ordem por dez anos e levantou controvérsias no passado por sua posição sobre certas questões eclesiais. Em maio de 2015, foi nomeado consultor do Pontifício Conselho Justiça e Paz.

Radcliffe, que nasceu na Inglaterra, desafiou repetidamente a doutrina católica em questões como a ordenação de mulheres, gays e lésbicas e divorciados. Por exemplo, em um artigo de dezembro de 2012 no The Guardian, Radcliffe escreveu: "É encorajador ver a onda de apoio aos casamentos gays. Mostra uma sociedade que aspira a uma tolerância aberta de todos os tipos de pessoas, um desejo de vivermos juntos em aceitação mútua.

Radcliffe, ordenado em 1971, também propõe a abertura à comunhão para católicos divorciados e recasados. Em um ensaio de 2013 na revista America, Radcliffe escreveu que tinha "duas esperanças profundas. Que se encontre um modo de acolher os divorciados recasados na comunhão. E, o mais importante, que as mulheres devem receber autoridade e voz reais na Igreja. O Papa expressa seu desejo de que isso aconteça, mas que forma concreta pode assumir?"

Em 2005, em relação à admissão de homens homossexuais nos seminários, ele argumentou que a homossexualidade não deveria impedir os homens de alcançar o sacerdócio e que, em vez disso, aqueles que se opõem a ela deveriam ser excluídos.

Longe de retratar toda essa história, em setembro passado ele escreveu um artigo no "L'Osservatore Romano" elogiando os homossexuais emparelhados com os quais ele confessa compartilhar um "caminho sinodal".(Fonte: INFOVATICANA)

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