Os cardeais pró-LGBT+ que participarão da eleição do próximo papa

06/05/2024

Que a hierarquia está fazendo esforços extenuantes para agradar o lobby da lavanda não é exatamente uma notícia de última hora, beirando até mesmo a rejeição total da doutrina perene da Igreja a esse respeito, como foi feito com os suplicantes da Fiducia. E o peso dos cardeais acomodados ao lobby pode ser decisivo na escolha do próximo papa. La Nuova Bussola Quotidiana Reveja os nomes dos mais conspícuos.

Por Carlos Esteban

A está deixando de ser um dos pecados que clamam pela ira de Deus para se tornar um relacionamento com "aspectos positivos", embora "menos perfeito" do que o matrimonial heterossexual. E, depois de nove consistórios em onze anos, entre os novos lotes de cardeais nomeados por Francisco há muitos que mostram uma sensibilidade especial para com esses grupos.

As inclinações dos cardeais mais progressistas, como os americanos, são bem conhecidas Blase Cupich, Robert McElroy ou Joseph Tobin, o alemão Reinhard MarxLuxemburguês Jean-Claude Hollerich e o austríaco Christoph Schönborn. Mas há outros que estão fora do radar, embora seu voto no conclave valha tanto quanto o de qualquer outra pessoa.

De fato, fora da África, com sua rebelião coletiva contra os suplicantes da Fiducia, há também muitos cardeais aquiescentes com o mundo LGBT entre os cardeais das "periferias". Um dos mais ativos é o indiano Anthony Poola, chefe da HASSS (Sociedade de Serviços Sociais da Arquidiocese de Hyderabad) em sua diocese, que tem um programa ad hoc para o "empoderamento" de transexuais. As iniciativas da arquidiocese neste campo são apoiadas pela Misereor, a organização de cooperação internacional da Conferência Episcopal Alemã, informa La Bussola. O HASSS também organizou celebrações inclusivas de Natal e um Dia da Mulher dedicado à comunidade transgênero da qual Poola participou.

Nas Filipinas, o atual arcebispo metropolitano de Manila, José Fuerte Advíncula, aproveitou a Quinta-feira Santa de 2023 para decidir lavar os pés de Ryan Borja Capitulo, eleito justamente como representante da comunidade LGBT.

No Pacífico, o bispo tonganês Soane Patita Paini Mafi é amigo da Associação Leitis de Tonga, a única associação de direitos LGBT da Polinésia. Em 6 de dezembro de 2016, Mafi foi palestrante no congresso nacional da associação e parabenizou os ativistas arco-íris por seu debate aberto com líderes religiosos. Nos últimos anos, Mafi continuou a participar das conferências da associação e, em dezembro de 2020, celebrou uma missa na Basílica de Santo Antônio, em Pádua, para a comunidade trans local, tendo sido fotografado ao lado de ativistas exibindo símbolos do arco-íris.

No Brasil, país com mais católicos do mundo – ainda que em rápido declínio – também encontramos eleitores pró-LGBT, como Sérgio da Rocha, arcebispo metropolitano de São Salvador da Bahia, que, ao celebrar uma missa ad hoc pelas vítimas de transfobia no dia 21 de maio de 2021, aceitou um abaixo-assinado do Centro de Advocacia e Defesa dos Direitos LGBT do Estado da Bahia e permitiu que uma drag queen cantasse a Ave Maria ao final da liturgia. Também no Brasil, o cardeal bispo de Manaus, Leonardo Ulrich Steiner, já se declarou a favor da legalização das uniões homossexuais.

O quórum de maioria de dois terços, restabelecido por Bento XVI, exigirá que os cardeais que queiram influenciar sigam o convite evangélico sejam "sábios como serpentes e simples como pombas", confiando que, como lembrou Ratzinger em sua última audiência geral, "o barco da Igreja não é meu, não é nosso, mas dele, e o Senhor não permite que afunde". (Fonte: El Español Digital)

A impressão de que tudo está se precipitando é generalizada. Não será dizer que o Vaticano é uma situação financeira muito ruim, e o pontificado do Papa Francisco não apenas não apenas não resolveu os problemas que já estavam sendo vistos chegando, mas também os aumentou. Não será para dizer isso, não será porque o Papa Francisco não sabia...