A Fraternidade São Pio X (FSSPX) publicou uma mensagem oficial por ocasião do 50º aniversário da Declaração de 21 de novembro de 1974.
Qual a posição da Igreja Católica sobre a tatuagem?
Cada vez mais presente nos corpos das pessoas nos últimos anos, a tatuagem deixou de ser novidade e é vista de forma corriqueira em todos os lugares.
Algumas bem simples, apenas uma flor, um animal, o nome de uma pessoa e outras extremamente carregadas ocupando grandes partes do corpo.
A tatuagem está presente em muitas culturas principalmente orientais e tornou-se moda nos Estados Unidos onde é até difícil encontrar pessoas que não a usem.
Mas o que pensa a Igreja Católica sobre tatuagem? Não há nenhuma posição que a proíba nem que a incentive. A Igreja é neutra quanto ao seu uso. Fica a critério do católico. Entretanto, quem procura um sacerdote e o questiona geralmente é aconselhado a não fazer. Esta orientação é baseada no respeito que o cristão deve ter por seu corpo lembrando que este é o templo do Espirito Santo; portanto, o respeito, o cuidado a não modificação de suas características visuais sem uma necessidade aparente contam também.
A tatuagem apresenta ainda algumas características negativas. É o caso da pessoa tatuar-se por um modismo temporário e depois se arrepender ficando com traumas. Há aquelas pessoas que por exemplo tatuam o nome de seu 'amor' atual e passado algum tempo o amor de desfez e muitas vezes se torna em inimigo e a pessoa permanece com o nome enraizado em seu corpo.
Do ponto de vista religioso há um perigo ainda maior. Muitos símbolos usados em tatuagem possuem mensagens subliminares, algumas de origens pagãs vindas de outras culturas e religiões ou mesmo de seitas satânicas. A tatuagem é também um exibicionismo que para a alma que procura a Deus não convém.
Do ponto de vista da medicina há duas preocupações; Uma é o caso de ser feita em locais inadequados, (o que quase sempre ocorre), e portanto estar sujeita à transmissão de doenças graves. Outro fator é o já mencionado, ligado mais a fatores psicológicos, como arrependimento, a não satisfação com os resultados, o fato de chamar a atenção das pessoas e que muitas vezes não é o que pretende o tatuado.
Para um católico praticante normalmente a tatuagem nem sequer é cogitada pois a vê como algo sem importância enquanto que ao mesmo tempo tem a ideia firme da preservação de seu corpo na simplicidade e o mais oculto possível dos olhares de outras pessoas.
A tatuagem parece ser algo muito distante da fé cristã. Enquanto não se imagina um convento, ou ambientes religiosos com tatuados, ao mesmo tempo sabe-se de seu uso nos presídios, entre drogados, traficantes, pessoas de vidas escusas e em meio dos mais pervertidos que existem. Os filmes americanos dão a perfeita imagem de onde a tatuagem é mais usada. Até pouco tempo em vários países, inclusive no Brasil, na hora de conseguir um emprego os tatuados tinham maiores dificuldades.
O tema tatuagem é tabu; difícil de discutir e muito mais de se escrever sobre ele. Isto porque o mesmo, como se pode ver, não apresenta coisas boas das quais se possa falar. Sendo assim, corre-se o risco de ofender a sensibilidade das pessoas. Mas a verdade tem que ser dita e escrita. Pode ser um alerta para quem ainda não fez e para aqueles que buscam a Deus para que saibam que certas coisas, embora se tenha a liberdade, o bom senso alerta.
São Paulo em sua carta aos Coríntios é quem nos dá a maior orientação sobre o uso de nosso corpo:
"Tudo me é permitido, mas nem tudo convém. Tudo me é permitido, mas não me deixarei dominar por coisa alguma. Ou não sabeis que o vosso corpo é templo do Espirito Santo, que habita é vós, o qual recebemos de Deus e que, por isso mesmo, já não vos pertenceis? Porque fostes comprados por um grande preço. Glorificai, pois, a Deus no vosso corpo" (1Coríntios 6,12.19-20).
A tatuagem é muito ligada a vaidade. A vaidade vem do demônio. As pessoas de Deus não estão interessadas nas coisas aparentes deste mundo. Vivem para dominar seu corpo e guardar sua alma. (Redação "Vida e Fé Católica") Deixe seu comentário.
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A partir do momento em que entramos em um templo para participar da Santa Missa, devemos nos esforçar para elevar nossas mentes e corações ao Gólgota e à liturgia do Céu.