Será inevitável uma segunda Contrarreforma na Igreja?

17/10/2024

Com o advento da reforma protestante em 1530, diante da demanda de católicos iludidos pelas novidades, fez-se necessário por parte da Igreja, um movimento conhecido como Contrarreforma.

O resultado disto foi o Concílio de Trento que veio reafirmar as verdades da Igreja e ainda a confirmação da Santa Missa tradicional pelo Papa Pio V, além da grande quantidade de santos que surgiram na época.

Foi um verdadeiro reflorescimento da Igreja como nunca antes visto. Nos dias atuais estamos vivendo algo muito semelhante. Só que muito pior que a reforma protestante, pois desta vez vem de dentro da própria Igreja. Tudo começou a partir do Concílio Vaticano II logo seguido em 1969 pela reforma total da Santa Missa, que veio trazer grandes males para toda a Igreja.

No momento, com algo novo e incabível na Igreja, que é o Sínodo da Sinodalidade, estamos no ápice da nova reforma; semelhante a primeira, não é para o bem; mas sim para agradar e adaptar-se ao mundo moderno, incluindo o agrado às religiões não cristãs e aos poderosos da famigerada Agenda 2030.

Nestes últimos anos, são tantos os absurdos observados no Vaticano que fica até difícil enumerá-los. São praticados pelas maiores autoridades já de uma forma explicita sem nenhuma vergonha de assumir tão terríveis posições.

As injustiças do Sínodo

O Sínodo, que sempre foi uma reunião de bispos no sentido de aconselhar o papa em certas ocasiões, tomou um caminho que de Sínodo não tem nada, pois foge totalmente de seu significado. O objetivo deste falso Sínodo é simplesmente mudar a Igreja. E para tal, convidaram-se para opinar os mais absurdos participantes que de católicos não tem nada. Estão presentes leigos progressistas, representantes protestantes e de outras religiões e até ateus. Mulheres feministas e grupos LGBTs entre outros. Toda essa turma que sempre foram os verdadeiros inimigos da Igreja, agora são os que tem voz para indicar como deverá ser a Igreja. Nada mais absurdo, mas é a pura verdade. É um mundo de cegos guiando cegos. Seus pensamentos e ações estão muito longe da verdadeira fé e dos ensinamentos de Nosso Senhor Jesus Cristo.

Assim como Lutero e seus sequazes lançaram bases para uma divisão da Igreja, estes novos 'Luteros' estão fazendo o mesmo, desta vez de uma forma ainda pior. Enquanto Lutero contentou-se em criar novas falsas igrejas fora do Vaticano, estes 'atuais', apossaram-se da Igreja, pelo menos dos edifícios, como verdadeiros donos e promovem a divisão desde dentro. Lutero teve algum êxito pois agradava os reis e imperadores da época, ávidos por livrar-se da doutrina da Igreja para poderem praticar seus pecados livremente além de se apoderar de seus bens em seus territórios. Estes novos luteranos do Sínodo também não estão sós, por trás há o grande interesse daqueles cheios de pecados; que em vez de os confessarem e mudarem de vida, como recomenda a Igreja, preferem uma igreja leve, onde possam continuar com seus erros que vão desde poder casar-se várias vezes como já fazem os evangélicos, praticar as misérias da sodomia, viver de riquezas e do mundo, as mulheres terem acesso aos altares e nunca mais ouvir-se a palavra pecado, inferno, julgamento...

Todas estas pessoas, que muito bem podiam escolher qualquer falsa religião onde todas essas coisas são possíveis, insistem ao contrário, em mudar a Santa Igreja Católica para acomoda-los. E não só isto; seu apoderamento é total, tiram a Igreja de todos aquelas almas que buscam seguir a Deus com sacrifício e temor. Para eles, todo católico tido como tradicionalista, que segue fielmente a verdadeira doutrina, é como se fosse um câncer, que deve ser extirpado e atirado ao lixo.

Semelhante à reforma protestante, há também perseguições àqueles que não se adaptam ao novo sistema. Padres são afastados, bispos depostos ou excomungados. Tentam tirar a cruz do Senhor para não ofender religiões não cristãs, tentam apagar a história. Em breve os perseguidos serão os santos e finalmente apagarão até a figura de Nosso Senhor Jesus Cristo.

Por que ninguém faz nada contra todos estes abusos? A resposta é simples. Aqueles que tem posição tradicional, não tem a menor chance nem sequer de dialogar, pois são sumariamente afastados dos meios da Santa Sé. São tidos como pessoas erradas, antiquadas, fora da realidade. Como se a Lei de Deus e os mandamentos do Senhor fossem mutáveis, adaptáveis ao bel prazer do homem e dos tempos.

Entretanto, assim como Deus inspirou no seio de sua Igreja a Contrarreforma no século XVI, dando novo ânimo e combate às heresias protestantes, aos poucos vem se percebendo o início de uma Segunda Contrarreforma, desta vez em oposição a todos estes males que vem corroendo e destruindo a Igreja por dentro.

É bem fácil de se observar esse novo movimento que cresce a cada dia. Podemos observar todo o continente africano não aderindo as ideias nefastas do Vaticano, podemos ver o grande número de protestantes ingressando na Igreja Católica. Países materialistas como os Estados Unidos, com pleno avivamento da fé católica, jovens na França ávidos pela Santa Missa Tradicional, no Brasil, pequenas capelas onde a Santa Missa Tradicional é rezada, cada vez mais lotadas de fieis. Os movimentos nas redes sociais e no Youtube são em sua maioria de fieis ao tradicionalismo.

As pessoas não são tão modernistas quando se trata da fé, como pensavam os criadores do Sínodo. Eles podem forçar os bispos, que para não perder suas posições e emprego, se sujeitam ou se vendem às novas ideias. Mas os fieis comuns que não são seus empregados, não podem ser comprados, nem com ameaças de pecado contra o Sínodo, como acabaram de inventar. A fidelidade ao Nosso Senhor Jesus Cristo não se vende nem negocia. Seus ensinos e mandamentos são perenes, para todos os tempos. (Redação: "Vida e Fé Católica")

Um grupo de fiéis católicos lançou uma campanha na plataforma Change.org para pedir a abolição da prática de receber a comunhão na mão, pedindo ao Papa Francisco que atenda a este pedido que eles consideram fundamental para restaurar o sentido do sagrado na liturgia católica.