Com o advento da reforma protestante em 1530, diante da
demanda de católicos iludidos pelas novidades, fez-se necessário por parte da
Igreja, um movimento conhecido como Contrarreforma.
O resultado disto foi o Concílio de Trento que veio
reafirmar as verdades da Igreja e ainda a confirmação da Santa Missa
tradicional pelo Papa Pio V, além da grande quantidade de santos que surgiram
na época.
Foi um verdadeiro reflorescimento da Igreja como nunca
antes visto. Nos dias atuais estamos vivendo algo muito semelhante. Só que
muito pior que a reforma protestante, pois desta vez vem de dentro da própria
Igreja. Tudo começou a partir do Concílio Vaticano II logo seguido em 1969 pela
reforma total da Santa Missa, que veio trazer grandes males para toda a Igreja.
No momento, com algo novo e incabível na Igreja, que é o
Sínodo da Sinodalidade, estamos no ápice da nova reforma; semelhante a
primeira, não é para o bem; mas sim para agradar e adaptar-se ao mundo moderno,
incluindo o agrado às religiões não cristãs e aos poderosos da famigerada
Agenda 2030.
Nestes últimos anos, são tantos os absurdos observados no
Vaticano que fica até difícil enumerá-los. São praticados pelas maiores
autoridades já de uma forma explicita sem nenhuma vergonha de assumir tão
terríveis posições.
As injustiças do Sínodo
O Sínodo, que sempre foi uma reunião de bispos no sentido
de aconselhar o papa em certas ocasiões, tomou um caminho que de Sínodo não tem
nada, pois foge totalmente de seu significado. O objetivo deste falso Sínodo é
simplesmente mudar a Igreja. E para tal, convidaram-se para opinar os mais
absurdos participantes que de católicos não tem nada. Estão presentes leigos
progressistas, representantes protestantes e de outras religiões e até ateus.
Mulheres feministas e grupos LGBTs entre outros. Toda essa turma que sempre
foram os verdadeiros inimigos da Igreja, agora são os que tem voz para indicar
como deverá ser a Igreja. Nada mais absurdo, mas é a pura verdade. É um mundo
de cegos guiando cegos. Seus pensamentos e ações estão muito longe da
verdadeira fé e dos ensinamentos de Nosso Senhor Jesus Cristo.
Assim como Lutero e seus sequazes lançaram bases para uma
divisão da Igreja, estes novos 'Luteros' estão fazendo o mesmo, desta vez de
uma forma ainda pior. Enquanto Lutero contentou-se em criar novas falsas
igrejas fora do Vaticano, estes 'atuais', apossaram-se da Igreja, pelo menos
dos edifícios, como verdadeiros donos e promovem a divisão desde dentro. Lutero
teve algum êxito pois agradava os reis e imperadores da época, ávidos por
livrar-se da doutrina da Igreja para poderem praticar seus pecados livremente
além de se apoderar de seus bens em seus territórios. Estes novos luteranos do
Sínodo também não estão sós, por trás há o grande interesse daqueles cheios de
pecados; que em vez de os confessarem e mudarem de vida, como recomenda a
Igreja, preferem uma igreja leve, onde possam continuar com seus erros que vão
desde poder casar-se várias vezes como já fazem os evangélicos, praticar as
misérias da sodomia, viver de riquezas e do mundo, as mulheres terem acesso aos
altares e nunca mais ouvir-se a palavra pecado, inferno, julgamento...
Todas estas pessoas, que muito bem podiam escolher qualquer
falsa religião onde todas essas coisas são possíveis, insistem ao contrário, em
mudar a Santa Igreja Católica para acomoda-los. E não só isto; seu apoderamento
é total, tiram a Igreja de todos aquelas almas que buscam seguir a Deus com
sacrifício e temor. Para eles, todo católico tido como tradicionalista, que
segue fielmente a verdadeira doutrina, é como se fosse um câncer, que deve ser
extirpado e atirado ao lixo.
Semelhante à reforma protestante, há também perseguições
àqueles que não se adaptam ao novo sistema. Padres são afastados, bispos
depostos ou excomungados. Tentam tirar a cruz do Senhor para não ofender
religiões não cristãs, tentam apagar a história. Em breve os perseguidos serão
os santos e finalmente apagarão até a figura de Nosso Senhor Jesus Cristo.
Por que ninguém faz nada contra todos estes abusos? A
resposta é simples. Aqueles que tem posição tradicional, não tem a menor chance
nem sequer de dialogar, pois são sumariamente afastados dos meios da Santa Sé.
São tidos como pessoas erradas, antiquadas, fora da realidade. Como se a Lei de
Deus e os mandamentos do Senhor fossem mutáveis, adaptáveis ao bel prazer do
homem e dos tempos.
Entretanto, assim como Deus inspirou no seio de sua Igreja
a Contrarreforma no século XVI, dando novo ânimo e combate às heresias
protestantes, aos poucos vem se percebendo o início de uma Segunda Contrarreforma,
desta vez em oposição a todos estes males que vem corroendo e destruindo a
Igreja por dentro.
É bem fácil de se observar esse novo movimento que cresce a
cada dia. Podemos observar todo o continente africano não aderindo as ideias
nefastas do Vaticano, podemos ver o grande número de protestantes ingressando
na Igreja Católica. Países materialistas como os Estados Unidos, com pleno
avivamento da fé católica, jovens na França ávidos pela Santa Missa
Tradicional, no Brasil, pequenas capelas onde a Santa Missa Tradicional é
rezada, cada vez mais lotadas de fieis. Os movimentos nas redes sociais e no
Youtube são em sua maioria de fieis ao tradicionalismo.
As pessoas não são tão modernistas quando se trata da fé,
como pensavam os criadores do Sínodo. Eles podem forçar os bispos, que para não
perder suas posições e emprego, se sujeitam ou se vendem às novas ideias. Mas
os fieis comuns que não são seus empregados, não podem ser comprados, nem com
ameaças de pecado contra o Sínodo, como acabaram de inventar. A fidelidade ao
Nosso Senhor Jesus Cristo não se vende nem negocia. Seus ensinos e mandamentos
são perenes, para todos os tempos. (Redação: "Vida e Fé Católica")