Com a internação do Papa Francisco e diante de um quadro que não apresenta sinal de melhora rápida devido a sua idade e quadros clínicos anteriores, começou a cogitar-se nos corredores do Vaticano a possibilidade de um conclave.
De simples cogitação o movimento vem ganhando força na medida em que o quadro clínico do papa se agrava ou que não apresenta sinais de sua recuperação. Surgiu mesmo até entrevista com a presidente do Conclave, Paloma Girona, falando sobre a organização do evento de escolha de novo papa.
Todos estes fatores criam um clima de especulação, agora, já não se haverá um conclave, mas de quem será o novo papa. Diante deste fato, surge uma pergunta: Será que vem aí um conclave de cartas marcadas? Ou seja, que praticamente já está definido quem será o novo papa?
A possibilidade de que isto seja real é muito grande. Vejamos alguns fatores que levam a esta conclusão.
O Espirito Santo e a escolha dos papas
Muitas pessoas acreditam fielmente na inspiração do Espírito Santo na escolha de um papa. Sim, isto é real e faz parte da tradição da igreja. Mas devemos pensar em duas coisas: Primeiro, que os cardeais votantes, estão sujeitos ao livre arbítrio. Mesmo que inspirados, Deus lhes dá direito de agirem da forma que quiserem. Assim como acontece a qualquer um de nós quando, mesmo estando em estado de graça, podemos pender para o pecado. Deus nos respeita e não nos força a nada. Segundo: Muitos desses cardeais já não vivem uma vida estritamente espiritual, focados na salvação das almas, mas sim preocupados com as coisas do mundo e com seu bem estar pessoal. Ora, nenhum desses vai querer ir contra a corrente mundana que toma conta do Vaticano no momento.
Recentemente o bispo tradicionalista Strickland escreveu uma carta a todos os cardeais votantes rogando que escolham um papa santo e alertando para o fato de que se escolherem um cardeal herege a eleição será nula e sem efeito. Isto porque o bispo conhece perfeitamente quem são os principais candidatos e dos riscos que há na escolha de um cardeal que não seja católico, embora aparente ser.
Cardeais escolhidos a dedo
Todos sabem que o papa Francisco desde seu início de pontificado, tem se cercado apenas de quem fale a sua língua, ou seja a língua do progressismo, da esquerda, do globalismo, do ecumenismo. E com isto, tem nos últimos anos, inclusive recentemente, nomeado grande quantidade de cardeais entre os mais simplórios mas que sejam adeptos de suas ideias. Isto foi feito já pensando na votação de um papa que continue seus ideais. Pode-se inclusive observar, que nestas escolhas de cardeais, não houve nenhum tradicionalista. Isto mostra que suas escolhas não são baseadas no bom trabalho desenvolvido por um bispo, mas sim por ser adepto de suas ideias progressistas.
Reflexo do Concílio Vaticano II
Os papas depois do referido Concílio, tomaram um caminho que não é o da verdadeira Igreja de Cristo. Se enveredaram pela esquerda, que nada mais é do que um comunismo disfarçado, pelo ecumenismo e muitas ideias e práticas que passam longe da verdadeira fé católica. Enquanto que papas anteriores faziam as coisas disfarçadas e sem muito alarde, Francisco as faz abertamente inclusive com encíclicas e incontáveis falas indignas de serem pronunciadas por um papa.
O Ambiente do Vaticano
Recheado de grupos LGBTs, e esquerdistas o Vaticano tornou-se nos últimos anos num local dos mais deploráveis. A escolha do papa em morar na Casa Santa Marta, foi uma escolha que lhe possibilitou estar próximo de todos os visitantes que por lá passam, e assim, poder exercer sua política com liberdade longe da burocracia do palácio do Vaticano. O fato de não aceitar o título de 'Vigário de Cristo' nem de ser chamado de Sumo Pontífice, já diz tudo. Preferiu algo mais politico, mais do mundo que da Igreja. O ambiente do Vaticano está portanto influenciado por um clima anticristão; o marxismo de diferentes maneiras, o generismo, o transhumanismo e o movimento verde além da maçonaria fazem a festa num local que deveria ser puro e sagrado.
Perseguição aos bispos tradicionalistas
Alguns bispos e padres tradicionalistas foram desviados de seus cargos, expulsos de suas dioceses e até excomungados. Porque estes representam a verdadeira Igreja de Nosso Senhor Jesus Cristo, e portanto, não falam a mesma língua do Vaticano. Tradicionalismo católico tornou-se para este pontificado algo como se fosse uma doença que tem que ser erradicada a todo custo. Perseguição a Santa Missa Tradicional foi a base para vários conflitos. Até mesmo o uso da batina por alguns seminaristas é combatido. Por lá, tudo é aceito, evangélicos, bispas anglicanas, Pacha Mama, judeus, mulçumanos, ortodoxos, feministas, políticos a favor do aborto, comunistas, LGBTs menos tradicionalistas. Isto significa, que praticamente cardeais tradicionalistas, se é que exista ainda algum, não terá a menor chance no conclave, pois os votantes serão todos progressistas que desejam dar continuidade a destruição da Igreja verdadeira de Cristo, substituindo-a por uma igreja mundana, voltada para a ecologia, para o ecumenismo, onde a prioridade não é mais a salvação das almas, mas o bem estar passageiro da vida neste mundo.
Pelo exposto, chegamos a conclusão de que o próximo conclave é um jogo de cartas marcadas com a simples continuação dos horrores e destruição interna da Igreja como nunca foi visto pela humanidade. Os papas antigos, alguns cheios de defeitos, apesar de tudo, nunca ousaram tocar na tradição, naquilo que de mais sagrado os apóstolos nos deixaram.
Por outro lado, com a vitória do presidente americano Donald Trump, o mundo começa a dar uma virada para a direita. Em pouco tempo, a esquerda mundial será totalmente desmoralizada e só sobreviverá entidades que estejam alinhadas com a nova política mundial de direita, voltada para a família, a moral, e os valores tradicionais. Se a Igreja continuar com um novo papa neste ritmo esquerdista não terá a menor chance diante do mundo e cairá ainda mais em fracasso. Se perceberá então a grande divisão que há entre a igreja fracassada que não é a verdadeira, que apenas ocupa seus edifícios e a verdadeira, que não está nos edifícios, mas no coração de todo católico tradicional que vive a verdadeira fé ensinada por Nosso Senhor, e nos deixada pelos apóstolos através da tradição. (Redação: "Vida e Fé Católica")