Você comete o pecado da gula sem saber? Saiba o que é e como evita-lo

27/01/2022

A gula talvez seja o pecado mais praticado por milhões de pessoas, pois é sutil e pouco conhecido, mas não deixa de ser pecado. Assim é melhor você saber o que é para não cair nele.

Como a gula está ligada à alimentação, é claro que a indústria alimentar incluindo a culinária de alta qualidade, os restaurantes finos e os produtos alimentícios em geral, tem feito de tudo para que as pessoas não saibam sequer da existência desse pecado.

É claro que para quem não é católico praticante a gula nada significa, e ao contrário, é até incentivada diariamente através das propagandas aceitas com bons olhos por milhões de pessoas.

Mas do que trata este pecado?

A gula conforme o Catecismo da Igreja Católica (CIC), é um dos Pecados Capitais, juntamente com a vaidade, avareza, inveja, ira, luxúria e a preguiça. Pecados capitais podem ser entendidos como hábitos maus ou vícios. No caso da gula, por exemplo, é o mau hábito de comer e beber apenas pelo prazer que a alimentação proporciona.

No parágrafo 1865, o Catecismo alerta-nos sobre o perigo dos vícios capitais e como eles podem levar a outros pecados. No caso do pecado da gula, uma desordem é gerada em nós: nossa inteligência deixa de ter domínio sobre nossa vontade e somos levados pelos apetites do paladar, tornando-nos escravos de nossos sentidos.

Comer e beber é obrigação necessária à vida e à saúde. Deus colocou neste ato puramente animal uma sensação agradável para aceitarmos melhor a obrigação aborrecida e penosa. A gula consiste em transformar a necessidade em gozo. Portanto; comer e beber sem regra e sem precisão, com excesso na quantidade, muita delicadeza na qualidade, com avidez ou com muito luxo.

A pior gula é a embriaguez, e se for completa até tirar o uso da razão sendo também voluntária; é pecado mortal. À embriaguez seguem-se as rixas, cólera, blasfêmias, impureza, e as vezes até agressões.

Mesmo que não seja a embriaguez, mas a simples comida; para quem está acostumado aos requintes que esta oferece, quando consumida não com o sentido de saciar a fome e manutenção do corpo, mas sim por satisfação do paladar em excesso, transforma-se em gula. Deixa de ser um ato de alimentação natural para ser um pecado.

Em nossos dias; vivemos cercados de propagandas. Aquelas que trazem mais prazeres aos órgãos dos sentidos são as mais usadas. Assim, propagandas relativas a sensualidade e a gula são recordistas e nos bombardeiam o tempo todo.

O resultado mundano da gula é engordar fora dos limites seguido das doenças que isto acarreta.

A diferença entre a gula e a sensualidade é que a primeira se tornou tão natural, que não trás nenhuma sensação de remorso. E pelo fato de ser um pecado pouco conhecido, as pessoas o praticam com a maior naturalidade como se encher-se de guloseimas fosse a coisa mais natural do mundo.

A gula remete ainda a questão social. Enquanto muitos tem com fartura outros passa fome. Assim, é também uma injustiça a fartura desordenada e por prazer enquanto outros não tem nem como subsistência. 

O cristão praticante deve estar atento para não cair no mais sutil e escabroso dos pecados. E o pior de tudo é que as pessoas pagam para pecar cada vez que entram num restaurante de primeira. (Da Redação)