Mais e mais paróquias católicas, novas e antigas, estão reinstalando a comunhão tradicional em torno dos altares. Eles fazem isso para promover uma maior reverência pela Eucaristia, uma tendência que é reforçada pelo ímpeto dos fiéis, do clero local e do contexto do Reavivamento Eucarístico Nacional nos Estados Unidos.

Você os conhecerá por seus frutos: A crise dos apóstolos do progressismo

Nos últimos anos, a Igreja testemunhou um fenômeno preocupante. Um desfile de padres e religiosos que, depois de encher a boca com discursos progressistas e promessas de "renovação", acabam abandonando o sacerdócio, os hábitos ou ambos.
Por Aurora Buendía
Suas saídas, longe de serem discretas, costumam ser acompanhadas de escândalos, críticas públicas à Igreja e, em muitos casos, uma boa dose de destaque na mídia. O que esses personagens têm em comum? O óbvio: progressismo e secularização caminham de mãos dadas, deixando um rastro de confusão e decomposição.
Tomemos, por exemplo, o caso de Blase Cupich, arcebispo de Chicago, que decidiu que ajoelhar-se para receber a Sagrada Comunhão é inadequado porque interrompe a "procissão" e desvia a atenção para o indivíduo. Essa interpretação não apenas contradiz documentos como Redemptionis Sacramentum (2004), mas também parece atacar diretamente as expressões de reverência e devoção que alimentaram a fé dos fiéis por séculos.
Continuemos com Matthieu Jasseron, o padre francês que, que virou estrela do TikTok, usou sua plataforma para questionar ensinamentos fundamentais da Igreja, como a doutrina sobre a homossexualidade. Não é de surpreender que, depois de semear confusão entre seus mais de um milhão de seguidores, ele tenha anunciado sua decisão de deixar o sacerdócio, mas não antes de criticar a instituição que lhe deu sua vocação.
Outro caso recente é o de Daniel Pajuelo, conhecido como 'Smdani'. Este padre marianista, depois de vários episódios polêmicos, como entrevistas com figuras que desafiavam abertamente a doutrina e expressões vulgares sobre a oração, também decidiu pendurar seus hábitos. O mais escandaloso é que algumas instituições eclesiásticas até o recompensaram por seu trabalho nas redes sociais, apesar dos óbvios danos que suas posições causaram entre os fiéis.
Temos também o caso de Vítor Coutinho, vice-reitor do Santuário de Fátima, que, argumentando uma crise de fé, deixou o sacerdócio. Não é o único exemplo de como mesmo aqueles em posições de grande responsabilidade espiritual podem sucumbir quando a formação espiritual e o acompanhamento são insuficientes.
Na Alemanha, Ivan Kuterovac, outro caso emblemático, declarou que não acredita mais na divindade de Jesus Cristo e deixou a Igreja. Este é mais um fruto da secularização promovida pelo polêmico "Caminho Sinodal". As consequências são claras: apostasia, confusão e desintegração do tecido espiritual em uma região outrora firme na fé.
Outro exemplo recente é o do "Padre Sam", que tambémsolicitou uma dispensa do sacerdócio depois de construir uma carreira notável como influenciador católico. Seu caso mostra novamente como a fama digital pode substituir a missão espiritual, deixando um vazio pastoral entre seus seguidores.
Finalmente, o caso de Javier Belda Iniesta, um padre polêmico, secularizado pelo Papa Francisco e casado pouco depois, levanta sérias questões sobre como essas dispensas são tratadas. Quando a dispensação e o matrimônio seguem tão de perto uma história atormentada por escândalos e acusações, a confusão para os fiéis é inevitável.
Quem será o próximo? A lista parece interminável e não seria surpreendente se figuras como James Martin, conhecido por seu discurso ambíguo sobre questões morais, aderissem a essa tendência. Este apóstolo do lobby LGTBI, próximo ao Papa e constantemente envolvido em controvérsias, poderia muito bem ser o próximo. Afinal, esses jesuítas parecem se gabar de ser o posto avançado da heresia, distorcendo a verdade para agradar o mundo. Sua mensagem, longe de fortalecer a fé, a dilui, deixando o rebanho desorientado.
A moral é clara. Jesus advertiu-nos: «Pelos seus frutos os conhecereis» (Mt 7, 16). Uma árvore ruim não pode dar bons frutos. Todos estes casos têm algo em comum: uma desconexão com a verdade de Cristo e uma ânsia de adaptar a fé aos caprichos do mundo. Quando o progressismo penetra no coração da vocação sacerdotal, os resultados são sempre os mesmos: apostasia, confusão e escândalo.
A solução para esta crise não está em mais concessões ao mundo ou em diluir os ensinamentos de Cristo em um mar de compromissos vazios. Pelo contrário, a única maneira de não trair Cristo é ancorar-se na doutrina secular da Igreja, que durante séculos provou ser o caminho para a verdade e a salvação. Esta ancoragem não é uma teoria abstracta, mas uma prática concreta: a oração quotidiana, a participação nos sacramentos e a adesão firme ao Magistério. Já existem muitas ONGs fazendo ativismo, mas a Igreja Católica é outra coisa. Sua missão é ser luz e sal, não apenas mais um eco das modas do mundo.
A Igreja não pode se dar ao luxo de jogar o jogo desses apóstolos do progresso. É tempo de fortalecer a formação sacerdotal, de exigir um maior controlo pastoral e, sobretudo, de promover a fidelidade ao Magistério. Os fiéis não precisam de estrelas cadentes que acabam saindo do aprisco; eles precisam de pastores santos e consistentes que levem corajosamente a Cristo. Que estes exemplos sirvam de recordação urgente: o progressismo não é o futuro da Igreja, mas uma doença que devemos erradicar com a fé, a verdade e a coragem. (Fonte: INFOVATICANA)
Mesmo entre os fiéis que assistem à missa diariamente, há aqueles que não acreditam mais na existência do inferno, lamenta Dom Pope. Essa perda de fé, diz ele, nasce de uma visão distorcida do amor de Deus, reduzida a uma simples bondade sem verdade ou justiça. Ele adverte que isso coloca muitas almas em perigo.
